A ATC-Red Enlace é uma empresa líder no setor boliviano de meios de pagamento eletrônicos. Com 25 anos no mercado, a missão da companhia é promover o uso massivo dos meios de pagamento eletrônicos, incorporando entidades financeiras locais ao negócio de emissão de cartões, aumentando a base de lojas que aceitam cartões, penetrando setores ou categorias em que a aceitação do cartão não é habitual, implementando terminais de última geração, educando nas vantagens do uso de cartões, introduzindo e desenvolvendo plataformas tecnológicas que permitam operar com segurança, e promovendo o uso do cartão em distintas formas.
Poucas pessoas possuem um conhecimento tão extenso deste mercado quanto Edgar Camacho, Gerente Geral da ATC-Red Enlace, quem falou com a PaymentMedia sobre a atualidade do mercado boliviano de cartões e suas as perspectivas futuras.
Como descreveria o setor de meios de pagamento eletrônicos na Bolívia?
Os meios de pagamento eletrônicos na Bolívia tiveram um importante desenvolvimento nos últimos anos. Acompanhando o avanço tecnológico, adotaram-se novos canais transacionais como o IVR, os terminais sem fio (POS) GPRS ou Wi Fi, os celulares e a internet.
Os bancos mais importantes desenvolveram diferentes plataformas de home banking que permitem realizar diferentes transações, e inclusive o Banco Central da Bolívia criou um sistema de pagamentos eletrônicos que permite às entidades financeiras implementarem transferências eletrônicas de dinheiro em tempo real através de um canal de comunicação eficiente e seguro.
Infelizmente, a normativa legal não acompanha neste processo, e possivelmente a falta de legislação nessa área seja o principal obstáculo para um melhor desenvolvimento do setor.
Qual é o nível de adoção dos cartões e como os distintos players da indústria fomentam a sua adoção?
Até hoje existem na Bolívia 100 mil cartões de crédito e quase dois milhões de cartões de débito. Se relacionarmos esse número com a população economicamente ativa, o resultado é que 4 a cada 10 pessoas adotaram o cartão como alternativa de pagamento.
O crescimento dos cartões de débito foi alentado pela decisão das empresas públicas e privadas de pagar os salários dos trabalhadores pelas plataformas de credenciamento direto das entidades financeiras, que, ao mesmo tempo, outorgaram um cartão de débito a todos eles com muitas facilidades e vantagens.
As estratégias comerciais utilizadas pelas entidades financeiras para que cada vez mais pessoas adotem um cartão e o utilizem como uma melhor alternativa de pagamento incluem campanhas de fidelização, como acumulação de pontos, milhas e descontos aplicados às compras com cartões.
Promove-se a instalação de terminais de captura nas lojas?
Nos últimos três anos, a ATC-Red Enlace priorizou a "terminalização" de lojas através da aquisição e instalação de terminais eletrônicos fixos e móveis. Isso possibilitou um crescimento de 119% no número de transações em lojas: de 2.058.696 em 2008 para 4.517.644 em 2011.
O que acontece no país com o desenvolvimento de cartões de marcas privadas locais e de cartões retail, como acontece em outros países da região?
Para as entidades financeiras que não cumprem as condições e/ou requerimentos das marcas internacionais Visa e MasterCard, a ATC-Red Enlace oferece um cartão de débito de marca própria denominado "Enlace", de cobertura nacional.
Não existem outros cartões de marcas privadas locais nem de retail como acontece em outros países, por causa tanto da falta de empreendimentos como principalmente pela incerteza gerada por um mercado que ainda não tem a cultura do cartão instalada entre seus agentes econômicos, e onde o dinheiro vivo ainda prevalece como principal meio de pagamento.
O que opina sobre os cartões pré-pagos como forma de aproximar os meios de pagamento eletrônicos à população não bancarizada?
Existiram empreendimentos de emissão de cartões pré-pagos na Bolívia, mas a resposta da população não foi a que se esperava. Acreditamos que isso acontece por causa da falta de informação e educação com respeito ao produto, que por suas características representa uma excelente alternativa para aproximar a população aos meios de pagamento eletrônicos.
O que pode dizer sobre a migração para cartões com chip na Bolívia?
A ATC-Red Enlace tem participação ativa e dinâmica no projeto de migração. A empresa já tem toda a plataforma tecnológica necessária para a migração para cartões com chip, e um dos principais objetivos para 2012 é que algumas das entidades financeiras que fazem parte da Red Enlace comecem a migração segundo o desenvolvimento individual de cada uma.
Acredita que o mercado boliviano está preparado para a adoção dos pagamentos móveis?
Considerando que as plataformas tecnológicas para pagamentos móveis terão um importante crescimento nos próximos anos, e que segundo as estimações da empresa de pesquisas tecnológicas Gartner Inc. Este ano 190 milhões de pessoas farão pagamentos pelo celular, a ATC-Red Enlace procura acompanhar as tendências que estão acontecendo no mercado.
Na Bolívia, algumas instituições financeiras deram os primeiros passos, principalmente habilitando o serviço de mobile banking para realizar consulta de saldos e transferências. Desta forma, demonstraram que o mercado boliviano já está preparado para adotar esta nova tecnologia.
Para alcançar resultados bem-sucedidos no curto prazo, é importante compatibilizar as necessidades dos setores bancarizados, que oferecem maior potencial, com as necessidades das novas fontes de negócio que buscam as empresas de telefonia para conseguir um custo transacional competitivo para o mercado.
Quais os principais objetivos da ATC-Red Enlace para 2012?
Os objetivos projetados para esta administração são, por um lado, continuar com a inovação da plataforma tecnológica para poder oferecer nossos serviços com eficiência e segurança, para que tanto emissores como cardholders e lojas façam suas operações pelos meios de pagamento eletrônicos com total confiança.
Além disso, queremos continuar inovando em novos serviços, novos canais transacionais, incorporar mais entidades financeiras à emissão de cartões e vencer a barreira do comércio informal.
ATC Red Enlace es una empresa líder en el sector boliviano de medios de pago electrónicos. Con 25 años en el mercado, la compañía cumple con la misión de promover el uso masivo de los medios de pago electrónicos, incorporando a entidades financieras locales al negocio emisor de tarjetas, ampliando la cartera de comercios que aceptan tarjetas, penetrando en sectores o rubros donde la aceptación del plástico no es habitual, introduciendo terminales de última generación, educando en las ventajas del uso de las tarjetas, introduciendo y desarrollando plataformas tecnológicas que permitan operar con seguridad, y promocionando de diversas formas el uso del dinero plástico.
Son pocas las personas que cuentan con un conocimiento tan extenso de este mercado como Edgar Camacho, Gerente General de ATC-Red Enlace, quien habló con PaymentMedia sobre la actualidad del mercado boliviano de tarjetas y sobre sus las perspectivas de cara al futuro.
¿Cómo describiría el sector de medios de pago electrónicos boliviano?
Los medios de pago electrónicos en Bolivia han tenido un importante desarrollo en los últimos años. A la par del avance tecnológico se han adoptado nuevos canales transaccionales como el IVR, las terminales inalámbricas (POS) GPRS o Wi Fi, los celulares e internet.
Los bancos más importantes han desarrollado diferentes plataformas de home banking que permiten realizar diferentes transacciones, e incluso el Banco Central de Bolivia ha creado un sistema de pagos electrónico que permite a las entidades financieras implementar transferencias electrónicas de fondos en tiempo real, a través de un canal de comunicación eficiente y seguro.
Lamentablemente la normativa legal no acompaña este desarrollo, y posiblemente la falta de legislación al respecto se constituya en la principal barrera para un mejor desarrollo del sector.
¿Cuál es el nivel de adopción de dinero plástico, y de qué forma fomentan los diferentes players de la industria la adopción de tarjetas?
A la fecha existen cien mil tarjetas de crédito y casi dos millones de tarjetas de débito en Bolivia. Si relacionamos esta cifra con la de la población económicamente activa, tenemos que 4 de cada 10 personas han adoptado el dinero plástico como una alternativa de pago.
El crecimiento de las tarjetas de débito ha sido alentado por la decisión de empresas públicas y privadas de pagar el salario de sus trabajadores a través de las plataformas de acreditación directa de las entidades financieras, quienes al mismo tiempo han otorgado con muchas facilidades y ventajas una tarjeta de débito a todos ellos.
Campañas de fidelización como la acumulación de puntos, millas y descuentos porcentuales, aplicados a las compras con tarjetas, forman parte de las estrategias comerciales que las entidades financieras están utilizando para que cada vez más personas adopten una tarjeta y la utilicen como una mejor alternativa de pago.
¿Se está trabajando en torno al fomento de la instalación de terminales de captura en comercios?
En los últimos tres años, los esfuerzos de ATC-Red Enlace se han focalizado en la terminalización de comercios, adquiriendo e instalando terminales electrónicas fijas y móviles, lo que ha permitido lograr un crecimiento del 119% en la cantidad de transacciones en comercios, de 2.058.696 en 2008 a 4.517.644 en 2011.
¿Se han desarrollado en el país las tarjetas de marca privada locales y las tarjetas retail, como ha sucedido en otros países de la región?
ATC-Red Enlace tiene a disposición de las entidades financieras que no aplican a las condiciones y/o requisitos de las marcas internacionales Visa y Mastercard, una tarjeta de débito de marca propia denominada “Enlace”, de cobertura nacional.
No existen otras tarjetas de marcas privadas locales ni de retail como sucede en otros países, tanto por la falta de emprendimientos como principalmente por la incertidumbre que genera un mercado que aún no tiene la cultura del plástico arraigada entre sus agentes económicos, y donde el dinero en efectivo sigue prevaleciendo como principal medio de pago.
¿Qué opina de las tarjetas prepagas como forma de acercar los medios de pago electrónicos a la población no bancarizada?
Han existido emprendimientos de emisión de tarjetas prepagas en Bolivia, pero la respuesta de la población no ha sido la esperada. Creemos que esto ha sucedido por la falta de información y educación respecto al producto, que por sus características se constituye en una excelente alternativa para acercar a la población a los medios de pago electrónicos.
¿Qué puede decir acerca de la migración a tarjetas con chip en Bolivia?
ATC-Red Enlace tiene participación activa y dinámica en el proyecto de migración. La empresa ya cuenta con toda la plataforma tecnológica necesaria para la migración a tarjetas con chip, y uno de los principales objetivos para 2012 es que algunas de las entidades financieras que forman parte de Red Enlace inicien la migración en función del desarrollo individual que cada una cumpla al respecto.
¿Cuál es su opinión acerca de los pagos móviles? ¿Cree que el mercado boliviano se encuentra preparado para la adopción de estas nuevas tecnologías de pago?
Considerando que las plataformas tecnológicas para pagos móviles tendrán un importante crecimiento en los próximos años, y que según estimaciones de la empresa de investigaciones tecnológicas Gartner Inc., este año 190 millones de personas estarán haciendo pagos desde teléfonos móviles, ATC-Red Enlace busca asimilar e incorporarse a las tendencias que muestra el mercado.
En Bolivia, algunas instituciones financieras han dado los primeros pasos, principalmente habilitando el servicio de banca móvil para realizar consulta de saldos y transferencias, y demostraron así que el mercado boliviano ya se encuentra preparado para adoptar esta nueva tecnología.
Para alcanzar resultados exitosos en el corto plazo, será importante compatibilizar las necesidades de los sectores bancarizados, que son los que ofrecen mayor potencial, con las necesidades de nuevas fuentes de negocio que buscan las empresas de telefonía para lograr un costo transaccional competitivo para el mercado.
¿Cuáles son los principales objetivos que se ha propuesto Red Enlace para este 2012?
Los objetivos trazados para esta gestión son, por un lado, continuar la innovación de la plataforma tecnológica que nos permita ofrecer nuestros servicios con eficiencia y seguridad, para que tanto emisores como tarjetahabientes y comercios resuelvan sus operaciones a través de medios de pago electrónico, con total confianza.
Además, seguir innovando en nuevos servicios, nuevos canales transaccionales, incorporar más entidades financieras a la emisión de tarjetas y romper la barrera del comercio informal.