A Gemalto, companhia que teve rendas de 2.015 milhões de euros em 2011, é uma das líderes mundiais em serviços de infraestrutura e tecnologias de segurança digital, criando e desenvolvendo plataformas de segurança e dispositivos pessoais seguros de software como cartões inteligentes, SIMs, passaportes eletrônicos, leitores e tokens.
A companhia, cuja sede está na Holanda, opera desde os principais centros de negócios da América: Austin, Washington D.C., México e São Paulo; e da Ásia, desde Pequim, Cingapura e Tóquio. Para a Europa e os mercados emergentes, a companhia opera desde Paris, Moscou e Dubai.
Hoje em dia, a Gemalto conta com mais de 10 mil empregados que provêm de 100 nacionalidades e estão estabelecidos em 43 países em todo o mundo, oferecendo serviços a clientes de mais de 190 nacionalidades. A companhia também possui 74 escritórios de venda e marketing, 15 centros de produção, 30 centros de personalização e 14 centros de pesquisa e desenvolvimento.
A empresa oferece uma ampla variedade de produtos e serviços para o setor financeiro e varejista, como os cartões e terminais para pagamentos sem contato. Devido aos mais de 15 anos de dedicação à pesquisa e desenvolvimento de produtos sem contato, e aos mais de 100 milhões de cartões fornecidos a instituições financeiras e transportadoras, a Gemalto é, sem dúvida, um dos referentes dessa tecnologia.
Atualmente, os aplicativos de pagamentos sem contato são realmente uma nova tendência para lidar com pagamentos de baixo valor, em que rapidez e conveniência são fatores essenciais da experiência do usuário. Em todo o mundo, essa tecnologia se emprega em redes fast-food, cinemas, máquinas de venda automática e estádios, dentre outros, em que historicamente o pagamento à vista tem predominado.
A região da América Latina não é uma exceção a essa tendência. Muitas instituições e estabelecimentos comerciais estão interessados na implementação dessa tecnologia, a que, segundo a opinião de executivos da indústria, seria o passo seguinte na migração dos cartões magnéticos para chip. Com o objetivo de ter uma perspectiva da realidade atual dessa tecnologia na região, a PaymentMedia conversou com Alex Simões, Gerente de Marketing na área de Transações Seguras para a Gemalto na América do Sul.
Qual é sua visão dos pagamentos contactless?
Os pagamentos contactless estão um passo à frente na evolução dos pagamentos eletrônicos. Na verdade, as companhias de transporte da América Latina e do mundo já estão utilizando os pagamentos sem contato para a emissão de passagens eletrônicas de trânsito massivo.
A velocidade da transação é uma das principais vantagens nessas situações em que o pagamento é focado em muitas pessoas em um período curto de tempo. Os usuários também acham conveniente o fato de poder pagar sem ter que abrir a bolsa ou a carteira.
Para as instituições financeiras, a rapidez e a conveniência fazem com que os pagamentos sem contato sejam perfeitos para dominar setores onde historicamente costumava dominar o pagamento à vista, aumentando dessa forma a rentabilidade dos seus programas de pagamentos. Um grande número de instituições financeiras no mundo está trabalhando em projetos EMV Contactless para ter os benefícios desse tipo de pagamentos, contando com a segurança dos padrões EMV.
Como a companhia está se desenvolvendo nessa área?
Hoje em dia a Gemalto conta com mais de 60 clientes em 30 países que recebem soluções EMV contactless. Um a cada dois cartões sem contato distribuído no mundo é produzido pela nossa companhia.
A empresa conta com uma ampla variedade de produtos para esse tipo de pagamentos incluindo produtos EMV e não EMV, apenas sem contato ou interface dupla (com e sem contato), cartões, adesivos (stickers) e uma grande diversidade de produtos para abranger a maioria dos sistemas de pagamento sem contato que existem hoje em dia.
Qual é a evolução da adoção dessa nova tecnologia na região?
Na região há tanto países que estão mais avançados com respeito a outros na migração EMV, como o Brasil e o México, como países que ainda não começaram esse processo. Para esses países que já adotaram EMV, o próximo passo serão os pagamentos sem contato.
Porém, para os países que ainda não migraram, a pergunta certa é se devem migrar diretamente para os pagamentos sem contato EMV otimizando o investimento da infraestrutura, ou, em lugar disso, lidar primeiro com os custos da migração para EMV e depois se prepararem para os pagamentos sem contato.
Segundo especialistas da indústria, a migração atual para os cartões com chip EMV na região e os custos que isso significa, ameaçam o desenvolvimento da tecnologia sem contato. O que significa para as instituições emissoras e os adquirentes a adoção dessa tecnologia?
A lógica por trás da migração para o EMV e dos pagamentos sem contato é diferente. A motivação principal do chip EMV é a redução de fraude, pelo que o modelo de negócio se baseia nas receitas que são resgatadas pela redução de perdas causadas por fraude. Contrário a isso, o modelo de negócio dos pagamentos sem contato não é baseado na redução de perdas, mas na geração de receitas adicionais produzidas pela substituição de transações à vista por transações sem contato. Com certeza, parte da estratégia das instituições financeiras cujos planos de negócios projetam um crescimento mais ambicioso será o pagamento sem contato.
Que regiões do mundo estão atualmente mais avançadas na adoção dessa tecnologia?
Os países do Leste europeu e os Estados Unidos são os mais avançados no desenvolvimento dos pagamentos sem contato. Para os países do Leste europeu, historicamente pioneiros no padrão EMV, o pagamento sem contato é parte de evolução dos pagamentos eletrônicos. Nos Estados Unidos é diferente, porque as instituições financeiras decidiram direcionar o investimento neste tipo de pagamentos antes de adotar o EMV.
Que condições deve reunir um mercado para poder desenvolver este tipo de pagamentos?
Para as instituições emissoras, a principal vantagem dos pagamentos sem contato é conquistar a participação nas transações à vista. É por isso que os países com alta porcentagem desse tipo de transações têm muitas possibilidades de implementar os pagamentos sem contato.
As redes de pagamento compostas por uma instituição sólida para investir em infraestrutura também são importantes. A cultura de pagamentos sem contato desenvolvida em redes não financeiras, como o transporte público, também pode ajudar na adoção dessa tecnologia.
Como você vê os pagamentos móveis via NFC? Pensa que serão desenvolvidos simultaneamente aos pagamentos contactless?
Os pagamentos sem contato são um dos serviços que a tecnologia NFC permite usar através de um dispositivo móvel, como um telefone celular ou um tablet. Na maioria dos projetos do mundo onde a Gemalto participou, os pagamentos sem contato são um passo intermediário em direção à NFC, o que permite preparar a infraestrutura e parte do ecossistema NFC em menos tempo e dessa forma gerar receitas imediatas para as instituições emissoras e os adquirentes.
Como você vê a perspectiva para o futuro dos pagamentos móveis na região?
Alguns dos países da América Latina têm sido especialmente inovadores na área dos pagamentos móveis. O projeto Transfer no México é um claro exemplo da realidade dos pagamentos móveis na região. Ao mesmo tempo, continuam a surgir novas iniciativas nos mercados e algumas delas envolvem tanto instituições como a MasterCard e a Visa, quanto outras instituições financeiras importantes.
Tudo indica que o desenvolvimento da área dos pagamentos móveis remotos continuará tanto na região como no resto do mundo. Porém, por causa do baixo nível de soluções bancárias e a alta penetração do dinheiro, existe espaço para o desenvolvimento de pagamentos móveis remotos, pagamentos via NFC e pagamentos através de cartões contactless.
A grande luta é contra o dinheiro; por isso, toda alternativa deve ser analisada e considerada como possibilidade para conquistar o mercado e aproximar as pessoas aos meios de pagamento eletrônicos seguros, para também aproximá-las ao sistema bancário e à formalidade.
Con ingresos anuales de 2.015 millones de euros en 2011, Gemalto es uno de los líderes a nivel global en servicios de infraestructura y tecnologías de seguridad digital, al crear y desarrollar plataformas de seguridad y formas seguras y portátiles de software en objetos personales, como tarjetas inteligentes, SIMs, pasaportes electrónicos, lectores y tokens.
Con sede en Holanda, Gemalto opera desde los principales centros de negocios de América, como Austin, Washington D.C., México y São Paulo, así como Beijing, Singapur y Tokio en Asia. Para Europa y los mercados emergentes, la empresa opera desde París, Moscú y Dubái.
Hoy en día Gemalto emplea a más de 10 mil personas de 100 nacionalidades, establecidos en 43 países de todo el mundo, que brindan servicios a clientes de más de 190 nacionalidades. A la vez, cuenta con 74 oficinas de venta y marketing, 15 fábricas de producción, 30 centros de personalización y 14 centros de investigación y desarrollo.
Dentro de la vasta oferta de productos y servicios con los que cuenta la compañía para el sector financiero y de retail, se encuentran las tarjetas y terminales para pagos sin contacto. Los más de 15 años dedicados a la investigación y desarrollo de productos contactless, y una cifra superior a los 100 millones de tarjetas distribuidas a instituciones financieras y operadores de transporte, dejan en evidencia que Gemalto es uno de los referentes en torno a esta tecnología.
Los pagos contactless se presentan actualmente como una alternativa real frente a los pagos de bajo monto, donde la rapidez y conveniencia son factores clave en la experiencia del usuario. Alrededor del globo, esta tecnología para pagos está siendo aplicada en restaurantes de comida rápida, cines, máquinas expendedoras y estadios, entre otras locaciones, donde históricamente el efectivo ha sido el medio de pago por excelencia.
La región de Latinoamérica no es ajena a esta tendencia. Numerosas instituciones y comercios están interesados en la implementación de esta tecnología, que de acuerdo con opiniones de ejecutivos de la industria, sería el paso siguiente a la migración de las carteras de tarjetas de la banda magnética al chip. Para ver cuál es la actualidad de la región frente a esta tecnología, PaymentMedia dialogó con Alex Simoes, Gerente de Marketing de Transacciones Seguras para Gemalto en Sudamérica.
¿Cuál es su visión en torno a los pagos contactless?
Los pagos contactless están un paso adelante en la evolución de los pagos electrónicos. De hecho, los pagos sin contacto ya están siendo en utilizados en Latinoamérica y el mundo por los operadores de transporte para la emisión de billetes electrónicos de transito masivo.
La velocidad de la transacción es una de las principales ventajas en aquellas situaciones donde el pago se concentra en muchas personas en un período corto de tiempo. Otra ventaja apreciada por los usuarios es la conveniencia de poder hacer pagos sin tener que abrir el bolso o la cartera.
Para las instituciones financieras, la rapidez y la conveniencia convierten a los pagos sin contacto en ideales para ganar terreno en segmentos donde históricamente ha dominado el pago con efectivo, incrementando así la rentabilidad de sus programas de pagos. Un gran número de instituciones financieras alrededor del mundo están trabajando en proyectos EMV Contactless para tener los beneficios de este tipo de pagos con la seguridad de los estándares EMV.
¿Qué desarrollos está llevando adelante la compañía es esta materia?
Actualmente Gemalto cuenta con más de 60 clientes en 30 países, a los cuales se les están brindando soluciones EMV contactless. Una de cada dos tarjetas sin contacto embarcada mundialmente es producida por Gemalto.
La compañía cuenta con el más amplio catálogo de productos para este tipo de pagos incluyendo productos EMV y no EMV, pure contactless o dual interface (contacto y sin contacto), tarjetas, stickers y una amplia gama de productos para cubrir la mayoría de los sistemas de pago sin contacto existentes hoy en día.
¿Cómo ve a la región frente a la adopción de esta nueva tecnología?
En la región hay países más avanzados respecto a otros en la migración EMV, tales como Brasil y México, y también hay países que no han comenzado aún con este proceso. Para esos países que ya adoptaron EMV, los pagos sin contacto serán el siguiente paso.
Sin embargo para los países que no han migrado aún, una pregunta válida sería si ir directamente a pagos sin contacto EMV optimizando la inversión de la infraestructura, o enfrentar los costos de migrar a EMV primero y después prepararse para los pagos sin contacto.
Según expertos de la industria, la actual migración a las tarjetas con chip EMV a nivel regional, y los costos que esto representa, aplacan el desarrollo de la tecnología sin contacto. ¿Qué significa para los emisores y los adquirentes la adopción de esta tecnología?
La lógica detrás de la migración a EMV y de pagos sin contacto es diferente. Para chip EMV, la motivación más importante es la reducción de fraude, es decir que el modelo de negocio está basado en los ingresos salvados por la reducción de las pérdidas ocasionadas por el fraude. Por otro lado, para los pagos sin contacto el modelo de negocio no se trata de reducir las pérdidas, sino de la generación de ingresos adicionales gracias a la sustitución de transacciones en efectivo por transacciones sin contacto. Para aquellas instituciones financieras con planes de negocio con un crecimiento más ambicioso, el pago sin contacto seguramente será parte de su estrategia.
¿Actualmente qué regiones del mundo han avanzado más en la adopción de esta tecnología?
Los países de Europa Occidental junto con Estados Unidos son los más avanzados en el desarrollo de los pagos sin contacto. Los países de Europa Occidental, porque históricamente son pioneros en el estándar EMV, y para ellos el pago sin contacto es parte de la evolución de los pagos electrónicos. En Estados Unidos es diferente, porque las instituciones financieras decidieron concentrar la inversión en este tipo de pagos antes de adoptar EMV.
¿Qué condiciones debe reunir un mercado para que se puedan desarrollar este tipo de pagos?
Para los emisores, la principal ventaja de los pagos sin contacto es capturar las transacciones en efectivo. Por lo tanto, los países con un importante porcentaje de este tipo de transacciones son campos fértiles para el pago sin contacto.
Las redes de pago compuestas por una sólida institución para invertir en infraestructura también son importantes. La cultura de pagos sin contacto desarrollada en redes no financieras, tales como el transporte público, también pueden ayudar para la adopción de esta tecnología.
¿Cómo ve los pagos móviles vía NFC? ¿Cree que se desarrollarán en paralelo a los pagos contactless?
La tecnología NFC permite usar una serie de servicios a través de un dispositivo móvil, como un teléfono móvil o una tableta, y los pagos sin contacto son uno de esos servicios. En la mayoría de los proyectos del mundo donde Gemalto ha participado, los pagos sin contacto son un paso intermedio hacia NFC. Esto permite preparar la infraestructura y parte del ecosistema NFC en un período menor de tiempo, y así generar de inmediato ingresos para los emisores y adquirentes.
¿Cómo ve a la región en torno a los pagos móviles con vistas al futuro?
Algunos de los países de América Latina han sido particularmente innovadores en términos de pagos móviles. El proyecto Transfer en México es un buen ejemplo de que los pagos móviles están siendo una realidad en la región. A la vez, continúan surgiendo nuevas iniciativas en los mercados y algunas de ellas involucran a players como MasterCard y Visa, e importantes instituciones financieras.
Todo indica que los desarrollos en torno a los pagos móviles remotos continuarán tanto en la región como en todo el mundo, pero dado el bajo nivel de bancarización y la alta penetración del efectivo, existe espacio para el desarrollo de pagos móviles remotos, pagos vía NFC y pagos a través de tarjetas contacltess.
La gran batalla es contra el efectivo, por lo que toda alternativa a este debe ser analizada y tomada como una posibilidad para ganar terreno y acercar a las personas a los medios de pagos electrónicos seguros, y con esto a la banca y la formalidad.