O executivo começou a sua carreira profissional trabalhando para o banco mexicano Bancomer em 1989, na área de Sistemas e Cartões de crédito, porquanto praticamente desde o primeiro dia esteve em contato com a Visa. Em 1994, Méndez entrou na Visa México, onde inicialmente se desempenhou como engenheiro de Sistemas, para logo assumir como gerente de Sistemas. Em 2000, o executivo chegou à Visa América Latina e o Caribe, com sede em Miami, com o objetivo de atender o desenvolvimento de negócios para a sub-região do Caribe. Dois anos depois ele passou a trabalhar para o grupo de desenvolvimento de microcircuitos, uma área que no momento chamava-se de Visa Smart. O grupo evolucionou e estendeu o seu alcance a novos produtos e tecnologias.
Tudo isso é uma amostra da vasta experiência de Méndez nos setores de meios de pagamento eletrônicos e inovação, por isso, ninguém melhor do que ele para proporcionar detalhes sobre a atualidade desses assuntos na América Latina e no Caribe.
Qual é sua visão sobre a adoção de novas tecnologias de meios de pagamento eletrônicos?
A América Latina é uma região muito interessante nesse assunto. Existem mercados extremamente pioneiros na adoção de novas tecnologias, como o Brasil, que está na vanguarda em muitos dos projetos que também estão se realizando em lugares mais desenvolvidos do planeta, especificamente no referido à adoção de microcircuitos. Também se trabalha muito em programas de móbile e em desenvolvimento de infraestrutura para implementação do e-commerce, uma área na qual o país está muito adiantado.
Ao mesmo tempo, existem outros mercados bastante ativos na região. É preciso dizer que a Visa está muito focalizada em que os desenvolvimentos que estão sendo realizados pelos bancos da região façam sentido. Nada é forçado; ou seja, a companhia tenta que toda adoção de uma nova plataforma tecnológica tenha um caso de negócio por trás.
Qual é a principal inovação da Visa no setor bancário da América Latina durante os últimos tempos?
Definitivamente o transformador dos meios de pagamento foi a passagem do cartão magnético para chip. Esse processo colocou nas mãos da Visa uma plataforma tecnológica com amplas possibilidades de desenvolvimento.
Estamos entrando no mundo dos computadores ligados aos meios de pagamento. O cartão com chip ajuda a estabelecer as bases dos desenvolvimentos realizados pelos bancos, e prepara o sistema e a infraestrutura para todo o que vem por trás. Essa tecnologia abre a porta para os pagamentos sem contato, para o NFC e para os novos desenvolvimentos futuros.
O que pode dizer sobre o crescimento da adoção de meios de pagamento eletrônicos na região?
Em termos de pagamento, a região está se desenvolvendo muito positivamente. Os números marcam um crescimento de 23% nos 12 meses anteriores ao dia 31 de março, o que indica um crescimento muito interessante.
Isso acontece por vários fatores. Obviamente, o crescimento econômico de algumas economias regionais influiu muito, mas, além disso, o desenvolvimento de novos produtos e soluções também tem muito a ver.
Qual é o principal desafio que a região deve enfrentar quanto aos meios de pagamento?
Desde a perspectiva da minha área, o maior desafio é o desenvolvimento de uma infraestrutura local. Podemos falar de novas tecnologias, de celulares, de pagamentos sem contato ou de uma completa série de novos produtos; mas a ausência de uma infraestrutura local é uma das principais barreiras.
Qual é a situação da adoção de cartões com chip na região?
A região está muito adiantada no referido à integração do microcircuito nos cartões.
Os números globais sobre adoção do EMV na indústria -ou seja, em todas as marcas- indicam que existem 1,5 bilhões de cartões com chip de todas as marcas no mundo, e 22 milhões de pontos de venda habilitados. No entanto, a Visa tem 785 milhões de cartões com chip emitidos em 169 países; e na América Latina a empresa está presente em 19 países que estão evoluindo e emitindo produtos com chip. Por sua vez, na região existem mais de 150 milhões de cartões emitidos, o que significa cerca de 38% de penetração em relação com o total de cartões, das quais 49% do total de cartões com chip já conta com multi-aplicação.
Isso prova que, além do movimento básico de mudar para uma nova tecnologia, muitos bancos estão aproveitando a nova plataforma para desenvolver novos serviços.
Além do Brasil, do México, da Colômbia e da Venezuela, que outros mercados avançaram na migração?
Praticamente todos os países da região, com algumas exceções no Caribe, já estão embarcados na migração, embora evidentemente alguns avançaram mais do que outros.
Um dado interessante é que no 1 de outubro foi ativada a mudança de responsabilidade da Visa para a América Latina, o que implica que, se acontecer uma situação de fraude que poderia ter sido evitada com um cartão com chip ou com um terminal POS que aceite essa tecnologia, a parte que não estiver habilitada para transacionar com chip será responsável pela transação. Isso vale para transações intra-regionais e internacionais. Evidentemente, a medida acelerou os processos, fazendo com que os bancos que estavam atrasados começassem a trabalhar mais ativamente.
O que vem depois do chip?
Já existe uma atividade importante em torno aos pagamentos sem contato. Como a plataforma do chip estabelece as bases para essas novas tecnologias, o passo para contactless é relativamente simples, e já existem projetos funcionando na região. Da mesma forma, alguns projetos estão avançando na adoção do NFC. Tudo indica que o próximo passo é a convergência de todos esses meios de pagamento, e o principal desafio é dissolver as linhas de separação.
Atualmente, é muito simples separar uma transação física (com cartão presente, com chip ou contactless) de uma transação não presencial; mas agora, com a chegada do celular, essa linha começa a desaparecer. Começaremos a ver pagamentos no mundo físico com o celular, mas realizado de forma remota, pelo qual se transforma em uma transação de e-commerce.
Hoje qualquer pessoa pode ir a uma loja da Apple na qual já não é preciso ter um cartão para realizar o pagamento, dado que o cliente pode realizar a transação com uma conta no iTunes, e o recibo de pagamento é enviado pelo e-mail. Esse tipo de aplicativos determina que a linha, que até o momento era clara, começa a desaparecer.
Na Visa trabalhamos muito ativamente na autenticação para poder oferecer a máxima segurança em todos esses novos canais que estão surgindo com a revolução tecnológica; mas ao mesmo tempo, tentando reduzir ao mínimo a fricção gerada no ponto de venda.
Provavelmente um comprador não se sinta confortável se no momento de realizar a transação tiver que colocar múltiplas chaves ou realizar diferentes procedimentos para autenticar a sua transação. Esse equilíbrio entre um mecanismo robusto e a redução ao mínimo a fricção da transação e o principal objetivo da Visa nos próximos anos.
Qual é o futuro dos meios de pagamento?
Definitivamente, as novidades apresentadas pelo fortalecimento do canal móvel. Proximamente, veremos muitos avanços no referido a projetos de NFC, a pagamentos remotos e a alertas para informar aos clientes quando se realiza uma transação com seu cartão.
Outra nova área na qual a Visa está trabalhando é o e-wallet. Nos mercados da América do Norte e da Europa, esses desenvolvimentos estão muito avançados e num futuro próximo traremos essas soluções também para a América Latina.
El ejecutivo comenzó su carrera profesional trabajando para el banco mexicano Bancomer en 1989, en el área de Sistemas y Tarjetas de crédito, por lo que prácticamente desde el primer día estuvo en contacto e interactuando con Visa. En 1994, Méndez ingresó a Visa México donde inicialmente se desarrolló como ingeniero de Sistemas, para después asumir como gerente de Sistemas. Hacia el año 2000, el ejecutivo llegó a Visa América Latina y el Caribe, con sede en Miami, con el objetivo de atender el desarrollo de negocios para la subregión del Caribe. Un par de años después pasó a trabajar para el grupo de desarrollo de microcircuito, área que entonces se denominaba Visa Smart. A partir de esta fecham continuó su desarrollo dentro de ese grupo, que evolucionó y amplió su alcance a nuevos productos y tecnologías.
Todo esto deja en evidencia la vasta experiencia de Méndez en los sectores de medios de pago electrónicos e innovación, por lo que ¿quién mejor que él para brindar detalles sobre la actualidad en estos temas en la región de Latinoamérica y el Caribe.
¿Cómo ve a la región en cuanto a la adopción de nuevas tecnologías de medios de pago electrónicos?
Latinoamérica es una región muy interesante en este tema. Existen mercados que son sumamente pioneros en adopción de nuevas tecnologías como es el caso de Brasil, que se encuentra a la vanguardia en muchos de los proyectos que también se están llevando a cabo en partes más desarrolladas del globo, específicamente en lo que refiere a la adopción de microcircuitos. También se está trabajando fuertemente en programas enfocados a mobile, desarrollo de infraestructura para implementación de tarjeta no presente, es decir e-commerce, área donde el país se encuentra muy adelantado.
A su vez, a nivel regional existen otros mercados que se encuentran bastante activos. Se debe decir que en la región, Visa se encuentra muy enfocada en que los desarrollos que están haciendo los bancos hagan sentido, no se fuerza nada; es decir que se trata de que cualquier adopción de una nueva plataforma tecnológica o producto cuente con un caso de negocio detrás.
¿Qué destacaría como lo más novedoso que ha puesto Visa al servicio de la banca latinoamericana durante los últimos tiempos?
El transformador de los medios de pago definitivamente ha sido el salto de la banda magnética al chip. Esto ha puesto en manos de Visa una plataforma tecnológica que permite construir encima de ella.
Estamos ingresando en el mundo de las computadoras ligadas a los medios de pago. La tarjeta con chip ayuda a sentar las bases y los desarrollos que los bancos hacen, y básicamente preparando el sistema y la infraestructura para todo lo que viene detrás. Esta tecnología abre la puerta para pagos sin contacto, NFC y los nuevos desarrollos que se van a ir dando en el futuro.
¿Qué puede decir en cuanto al crecimiento en la adopción de medios de pago electrónicos a nivel regional?
En términos de pago, la región se viene desarrollando muy positivamente. Los números marcan un crecimiento del 23% en los 12 meses cerrados al 31 de marzo, lo que evidencia un crecimiento muy interesante.
Esto se da por varios factores. Obviamente el tema del crecimiento económico de algunas de las economías regionales ha tenido una gran influencia, pero además, el desarrollo de nuevos productos y soluciones también hace su parte.
¿Cuál es el principal desafío que afronta la región en materia de medios de pago?
Desde la perspectiva del área en la cual me encuentro, el desafío más grande es el desarrollo de una infraestructura local. Podemos hablar de nuevas tecnologías, de móvil, pagos sin contacto o toda una nueva serie de productos; pero el hecho de que no exista infraestructura local es una de las principales barreras.
¿Cómo ve la región respecto a la adopción de tarjetas con chip?
La región se encuentra muy avanzada en cuanto a la integración del microcircuito a las tarjetas.
Los números globales en cuanto a la adopción de EMV a nivel de industria -es decir, todas las marcas- indican que existen 1.500 millones de tarjetas con chip de todas las marcas a nivel global y 22 millones de puntos de venta habilitados. En cuanto a Visa, a nivel global cuenta con 785 millones de tarjetas con microcircuito emitidas en 169 países, y en lo que refiere a América Latina, la empresa está presente en 19 países que están haciendo sus movimientos y emitiendo productos con chip. A la vez en la región hay más de 150 millones de tarjetas emitidas, lo que representa alrededor de un 38% de penetración en relación con el total de tarjetas, y de las cuales un 49% del total de tarjetas con chip ya cuenta con multiaplicación.
Esto muestra que no solo se está dando ese movimiento básico de cambiar a una nueva tecnología, sino que muchos bancos están aprovechando esta nueva plataforma para hacer nuevas cosas.
Además de Brasil, México, Venezuela y Colombia, ¿qué otros mercados han avanzado considerablemente en torno a la migración?
Prácticamente todos los países de la región, con algunas excepciones en el Caribe, ya se encuentran embarcados en la migración, aunque por supuesto algunos han avanzado más que otros.
Un dato interesante es que el 1 de octubre se ha activado el cambio de responsabilidad de Visa para América Latina, lo que implica que si se da una situación de fraude, que pudiera haber sido evitado con una tarjeta con chip o con un terminal POS que acepte esta tecnología, aquella parte que no esté lista para transaccionar con chip será responsable por la transacción. Esto vale para transacciones intrarregionales e internacionales. Esto obviamente ha hecho girar la rueda, y ha llevado a que los bancos que se encontraban retrasados en el proceso comiencen a trabajar de forma más activa.
¿Qué viene después del chip?
Ya existe una actividad considerable alrededor de los pagos sin contacto. Como la plataforma de chip sienta las bases para estas nuevas tecnologías, el paso a contactless es relativamente simple, y ya hay proyectos funcionando en la región. De la misma manera se está avanzando a través de algunos proyectos en la adopción del NFC.
Todo indica que el próximo paso es la convergencia de todos estos medios de pago, y el principal desafío radica en el hecho de que se empiezan a perder las líneas de separación.
Hoy en día es muy simple la separación entre una transacción física -con tarjeta presente, sea con chip o contactless- de una transacción no presencial; pero ahora con la llegada del móvil esa línea se empieza a perder. Comenzarán a verse pagos en el mundo físico con el teléfono móvil, pero realizado vía remota, lo que se convierte en una transacción con tarjeta no presente.
Actualmente cualquier persona puede ir a una tienda de Apple donde ya no es necesario contar con una tarjeta para realizar el pago, ya que si cliente tiene una cuenta de iTunes puede realizar la transacción por ahí, y se envía el recibo de pago por email. Todas estas aplicaciones son las que hacen que la línea que hasta el momento era clara, se empiece a disipar.
En Visa se está trabajando muy activamente en torno a la autenticación, donde el objetivo es poder ofrecer la máxima seguridad en todos estos nuevos canales que se están abriendo de la mano de la revolución tecnológica; pero al mismo tiempo tratando de reducir al mínimo la fricción que se genera en el punto de venta.
Probablemente un comprador no se sienta cómodo si al momento de realizar la transacción se le exigen múltiples claves o procedimientos para autenticar su transacción. Ese balance entre un mecanismo robusto y reducir al mínimo la fricción de la transacción, es el enfoque principal al cual van a estar abocados los esfuerzos de Visa en los próximos años.
¿Qué nos puede adelantar de cara al futuro de los medios de pago?
Definitivamente, las novedades que vienen de la mano de la solidificación del canal móvil. Próximamente se van a ver muchos avances en torno a proyectos ligados a NFC, así como pagos remotos y alertas para informar a los clientes cuando se realiza una transacción con su tarjeta.
Otro frente que se ha abierto, y en cual Visa está trabajando activamente, es el tema de las billeteras electrónicas. En mercados de Norteamérica y Europa estos desarrollos se encuentran muy avanzados, y en un futuro no muy lejano Visa estaremos acercando estas soluciones también a América latina.