O mercado chileno de meios de pagamento eletrônicos é muito competitivo se comparado com o resto da América Latina e, como não poderia ser de outro jeito, a MasterCard é um dos atores principais.
É um dos países mais bancarizados da região, a maioria das instituições encontra-se emitindo mais de uma marca internacional de cartões, e apostando fortemente ao débito como ferramenta de inclusão. Segundo os números da Associação de Bancos, em inícios de 2012 havia no mercado 13,2 milhões de cartões de débito e 5,7 milhões de crédito, números muito importantes levando em conta que a população total do país é de aproximadamente 17 milhões 250 mil habitantes.
Ao mesmo tempo, uma característica própria deste mercado é a grande participação dos varejistas como emissores de produtos de crédito. Segundo a Superintendência de Bancos, estas empresas em conjunto emitiram um total de 14,4 milhões de cartões de crédito, das que 4,8 milhões tem registrado operações durante o último trimestre.
Para conhecer mais detalhes sobre o Chile em relação aos meios de pagamento eletrônicos, a PaymentMedia conversou com Jorge Vigil, Gerente Geral da MasterCard Chile.
Qual é o nível de aceitação de cartões nas lojas chilenas?
No Chile encontramos um grande ator que cumpre o papel de comprador, que é o Transbank. Estamos em condições de dizer que os níveis de aceitação de cartões no mercado chileno, embora sempre seja possível melhorar, é possível dizer que é muito bom.
O Transbank é um ator responsável e tecnologicamente muito eficiente; de fato obteve recentemente o prêmio nacional à qualidade e a gestão da excelência. A empresa tem obtido ao longo do tempo uma ótima cobertura e tem levado adiante uma correta política de afiliação. Hoje em dia no Chile existem aproximadamente 160.000 POS, onde são aceitos todos os tipos de cartões.
Desde seu ponto de vista, por quê apareceu no Chile o fenômeno dos cartões varejo?
Inicialmente os cartões varejo eram cartões de crédito fechados que ofereciam crédito a porções sócioeconômicas pertencentes à base da pirâmide. Hoje em dia, mesmo que o forte desses cartões encontra-se concentrado nas porções C2 e C3 da população, o negócio abrange outras porções.
Num certo momento a expansão desses plásticos foi tão grande que superaram os bancários em números de cartões em funcionamento, mas essa tendência de alguma forma foi revertida. Os bancos começaram a competir também nas porções sócioeconômicas mais baixas e se dermos uma olhada na estatística do Banco Central, os cartões bancários estão ganhando terreno sobre as de varejo. Isto não deve-se apenas a que o mercado tem madurado e é ciente das vantagens dos cartões bancários de marcas internacionais; mas também os varejos no Chile são líderes na América Latina em termos de eficiência e administração, e tem criado suas próprias financeiras que são as emissoras dos cartões de crédito, oferecendo dentro de seus produtos cartões co-branded, ou seja cartões varejo que levam bandeira de marca internacional.
Como trabalha a MasterCard para ganhar terreno aos cartões varejo?
É um assunto de amadurecimento de mercado. Evidentemente se uma pessoa não se encontra bancarizada, é natural que seu primeiro cartão seja com o varejo pela sua acessibilidade ao crédito. Na medida em que essa pessoa vai se sofisticando desde o ponto de vista financeiro, começa a requerer cartões de maior aceitação, serviços, segurança e tecnologia, e é ai que a MasterCard conta com uma grande vantagem a respeito dos cartões varejo.
Em relação a isso observamos com muito interesse o processo de migração de cartões varejo para a MasterCard na região. Para nós é de grande interesse este processo que trará benefícios tanto ao varejo quanto a seus clientes que possuem um cartão.
Quê lugar ocupam os cartões de débito no mercado?
No Chile o número de cartão de débito é muito superior ao de crédito, isso devido à enorme bancarização e que por ter apenas uma conta numa instituição financeira faz com que o cliente seja credor de um cartão desse tipo. Nesse mercado, Maestro é um ator muito importante.
Em relação às compras em POS por meio desses cartões, é possível dizer que aconteceu um amadurecimento parecido ao ocorrido com os cartões varejo. No início este produto era utilizado como uma ferramenta para saques dos ATMs, mas agora está acontecendo uma migração importante dos saques de dinheiro às compras no ponto de venda.
Cómo vê ao mercado chileno em face à migração a cartões com chip EMV?
Na MasterCard nos encontramos muito comprometidos para que as carteiras dos cartões dos bancos chilenos estimulem a migração de banda magnética para CHIP num processo que já foi iniciado. Esta tecnologia, além de segurança pode proporcionar ao cliente múltiplos benefícios, como por exemplo programas de recompensa. Também estamos interessados na promoção do PayPass, o que permite ao cartão-habitante fazer transações sem necessidade de um contato físico entre o cartão e um terminal. Isto permite uma maior rapidez na transação, com benefícios importantes também do ponto de vista da loja.
A tecnologia Chip EMV já é amplamente utilizada na Europa, região que foi pioneira na implementação, enquanto que na América Latina, o Brasil e o México já fizeram a migração de uma grande parte da sua carteira, e Venezuela e Colômbia seguem o mesmo caminho. A maioria dos países na região já começou a trabalhar nisso, e no Chile, durante 2013 vamos ver cada vez mais instituições emitindo chip.
Estaremos vendo no curto prazo aplicações de pagamento sem contato no Chile?
O PayPass é um grande produto que está orientado a pagamentos rápidos em áreas como o Fast Food e caixas rápidas de supermercado por exemplo, e ao mesmo tempo é um produto que a MasterCard já tem à disposição de seus clientes no Chile. Evidentemente com a migração ao chip e com um banco da praza já anunciando com data certa a sua saída ao mercado local, foi aberta uma ótima oportunidade para o PayPass, o que faz muito provável começar a ver aplicações com esta tecnologia em outros emissores.
Acredita que o futuro dos meios de pagamento está diretamente relacionado aos pagamentos móveis?
Acredito que no futuro os pagamentos móveis vão estar diretamente relacionados aos pagamentos rápidos, a programas de divulgação financeira e será aceito em pontos de venda onde não exista um POS. Nesse sentido a carteira móvel é um produto muito bom que está na fase de desenvolvimento, e é possível que aconteça o mesmo que com o PayPass, e num futuro próximo esteja no Chile.
O quê pode se esperar da MasterCard no Chile durante 2013?
A MasterCard vai continuar com o apoio aos bancos, no que refere á mudança de tecnologia de banda magnética para chip. Ao mesmo tempo, a companhia tem desenvolvido um programa de marketing muito interessante com dois plataformas relevantes, que vai continuar durante o ano que começa.
De um lado encontra-se o programa de benefícios chamado "Priceless City", que foi desenvolvido em nível mundial e que acaba de ser lançado no Chile como "Priceless Santiago". É uma plataforma de ofertas, acessos e experiências "que não tem preço", para cartões-habitantes de cartões do cartão Standard ao Black, temos mais de 160 ofertas em aéreas como gastronomia, viagens, compras, entretenimento, arte e cultura. Através deste programa o cartão-habitante tem acesso, por exemplo, a uma rota gastronómica onde pode percorrer diversos restaurantes; rotas de compra em bairros tanto do setor afluente como em bairros emergentes e badalados; e em relação à cultura e arte o cartão-habitante pode por exemplo obter 50% de desconto nos ingressos ao festival internacional Santiago a Mil ou caso for cartão-habitante Black participar numa tertúlia antes da peça de teatro, entre outras experiências "Priceless". Estes benefícios também tem foco nos estrangeiros que vão até Santiago e não apenas nos cartões-habitantes.
A MasterCard traz em forma simultânea para o Chile, o Peru e a Argentina um Programa de Benefícios que tem sido um sucesso no Brasil. Trata-se de uma Plataforma web onde os clientes compram um produto e o segundo é grátis, sejam pacotes de viagens ou pacotes de minutos de celulares. Para participar os clientes fazem o registro junto aos seis cartões e automaticamente acumulam pontos por cada transação.
Por último, vale a pena salientar que para a MasterCard é muito importante tudo o que tem a ver com a inclusão financeira, bem como também a educação do cliente, e o uso responsável dos cartões tanto de crédito quanto de débito. Nesse sentido, a companhia conta com o programa "Consumo Inteligente" no que vai continuar trabalhando durante o ano que começa. Através deste programa ensinamos aos cartões-habitantes a ser financeiramente responsáveis, ao mesmo tempo que procuramos transmitir o conceito de que os cartões são um meio de pagamento e não uma forma de endividamento, e isto como base da nossa missão que é eliminar o dinheiro vivo.
El mercado chileno de medios de pago electrónicos es altamente competitivo si se lo compara con el resto de América Latina y, como no podía ser de otra manera, MasterCard es uno de los actores principales.
En uno de los países más bancarizados de la región, la mayoría de las instituciones se encuentran emitiendo más de una marca internacional de tarjetas, y apostando fuertemente al débito como herramienta de inclusión. De acuerdo a cifras de la Asociación de Bancos, a comienzos de 2012 habían en el mercado 13,2 millones de tarjetas de débito y 5,7 millones de crédito, cifras muy importantes si se tiene en cuenta que la población total del país es de aproximadamente 17 millones 250 mil habitantes.
A la vez, una característica propia de este mercado es la gran participación de los retails como emisores de productos de crédito. De acuerdo a la Superintendencia de Bancos, estas empresas en conjunto han emitido un total de 14,4 millones de tarjetas de crédito, de las cuales 4,8 millones han registrado operaciones durante el último trimestre.
Para conocer más detalles sobre Chile en relación a los medios de pago electrónicos, PaymentMedia dialogó con Jorge Vigil, Gerente General de MasterCard Chile.
¿Cuál es el nivel de aceptación de tarjetas en los comercios chilenos?
En Chile encontramos un gran actor que cumple el rol de adquirente, que es Transbank. Estamos en condiciones de decir que los niveles de aceptación de tarjetas en el mercado chileno, si bien siempre se puede mejorar, se puede catalogar de muy bueno.
Transbank es un actor responsable y tecnológicamente muy eficiente; de hecho obtuvo recientemente el premio nacional a la calidad y la gestión de excelencia. La empresa ha logrado a lo largo del tiempo una muy buena cobertura y ha llevado adelante una correcta política de afiliación. Hoy en día en Chile hay aproximadamente 160.000 POS, donde se aceptan todo tipo de tarjetas.
Desde su punto de vista, ¿por qué se ha suscitado en Chile el fenómeno de las tarjetas de retail?
En un principio las tarjetas de retail eran tarjetas de crédito cerradas que daban crédito a segmentos socioeconómicos pertenecientes a la base de la pirámide. Hoy en día, si bien el grueso de estas tarjetas se encuentra concentrado en el segmento C2 y C3 de la población, el negocio se ha extendido a otros segmentos.
En un momento la expansión de estos plásticos fue tal que superaron a los bancarios en números de tarjetas en funcionamiento, pero esta tendencia de alguna forma se ha revertido. Los bancos han ingresado a competir también en los segmentos socioeconómicos más bajos y si se mira la estadística del Banco Central, las tarjetas bancarias están ganando terreno sobre las de retail. Esto no solo se debe a que el mercado ha madurado y es consciente de las ventajas de las tarjetas bancarias de marcas internacionales; sino que también los retails en Chile son líderes en Latinoamérica en términos de eficiencia y gestión, y han creado sus propias financieras que son las emisoras de las tarjetas de crédito, ofreciendo dentro de sus productos tarjetas co-branded, es decir tarjetas retail que llevan bandera de marca internacional.
¿De qué forma trabaja MasterCard para ganarle terreno a las tarjetas retail?
Es un tema de maduración de mercado. Evidentemente si una persona no se encuentra bancarizada, es natural que su primera tarjeta sea con el Retail dado su accesibilidad al crédito. En la medida que esta persona va sofisticándose desde el punto de vista financiero, comienza a solicitar tarjetas de más amplia aceptación, servicios, seguridad y tecnología, y es ahí que MasterCard cuenta con una gran ventaja respecto a las tarjetas del retail.
A este respecto miramos con mucho interés el proceso de migración de tarjetas de retail a MasterCard en la región. Para nosotros es de gran interés este proceso que traerá beneficios tanto al retail como a sus clientes poseedores de una tarjeta.
¿Qué lugar ocupan las tarjetas de débito en el mercado?
En Chile el número de tarjetas de débito es muy superior al de crédito, esto debido a la amplia bancarización y que el solo hecho de contar con una cuenta en una institución financiera hace al cliente acreedor a una tarjeta de este tipo. En este mercado, Maestro es un actor muy importante.
En lo que refiere a las compras en POS mediante estas tarjetas, se puede decir que se ha dado una maduración similar a la sucedida con las tarjetas de retail. En un principio este producto era utilizado como una herramienta para retirar efectivo desde los ATMs, pero ahora se está dando una migración importante desde el retiro de efectivo a las compras en el punto de venta.
¿Cómo ve al mercado chileno frente a la migración a tarjetas con chip EMV?
En MasterCard nos encontramos muy comprometidos en que las carteras de tarjetas de los bancos chilenos estimulen la migración de banda magnética a CHIP en un proceso que ya se inició. Esta tecnología, además de seguridad puede proporcionar al cliente múltiples beneficios, como por ejemplo programas de recompensa. También estamos interesados en la promoción de PayPass, lo que permite al tarjetahabiente hacer transacciones sin necesidad de un contacto físico entre la tarjeta y un terminal. Esto permite una mayor rapidez en la transacción, con beneficios importantes también desde el punto de vista del comercio.
La tecnología Chip EMV ya es ampliamente utilizada en Europa, región que fue pionera en la implementación, mientras que en Latinoamérica Brasil y México ya migraron una gran parte de su cartera, y Venezuela y Colombia van es este camino. La mayoría de los países en la región ya comenzaron a trabajar en esto, y en lo que refiere a Chile, durante 2013 vamos a ver cada vez más entidades emitiendo chip.
¿Estaremos viendo en el corto plazo aplicaciones de pago sin contacto en Chile?
. PayPass es un gran producto que está orientado a pagos rápidos en áreas como el Fast Food y cajas rápidas de supermercado por ejemplo, y es a la vez un producto que MasterCard ya lo tiene a disposición de sus clientes en Chile. Evidentemente con la migración a chip y con un banco de la plaza ya anunciando con fecha concreta su salida al mercado local, se abre una muy buena oportunidad para PayPass, por lo que es altamente probable que se comiencen a ver aplicaciones con esta tecnología en otros emisores.
¿Cree que el futuro de los medios de pago está estrechamente relacionado a los pagos móviles?
Creo que en un futuro los pagos móviles van a estar estrechamente relacionados a los pagos rápidos, a programas de difusión financiera y aceptación en punto de venta donde no existe un POS. En ese sentido la billetera móvil es un muy buen producto que se encuentra en fase de desarrollo, y es posible que suceda lo mismo que con PayPass, y en un futuro cercano lo tengamos presente en Chile.
¿Qué se puede esperar de MasterCard en chile durante 2013?
MasterCard va a continuar con el apoyo a los bancos, en lo que refiere al cambio de tecnología de banda magnética a chip. A la vez, la compañía ha desarrollado un programa de marketing muy interesante con dos plataformas relevantes, la cual continuará durante el año que comienza.
Por un lado se encuentra el programa de beneficios llamado "Priceless City", que fue desarrollado a nivel mundial y que se acaba de lanzar en Chile como "Priceless Santiago". Se trata de una plataforma de ofertas, accesos y experiencias "que no tienen precio", para tarjetahabientes de tarjetas desde la tarjeta Standard a la Black, tenemos más de 160 ofertas en aéreas como gastronomía, viajes, compras, entretenimiento, arte y cultura. A través de este programa el tarjetahabiente tiene acceso, por ejemplo, a una ruta gastronómica donde puede recorrer distintos restaurantes; rutas de compra en barrios tanto del sector afluente como en barrios emergentes y de moda; mientras en lo que refiere a cultura y arte el tarjetahabiente puede por ejemplo obtener 50% de descuento en las entradas del festival internacional Santiago a Mil o si es tarjetahabiente Black participar en una tertulia antes de la obra de teatro, entre otras experiencias "Priceless". Estos beneficios están enfocados no solo en los tarjetahabientes santiaguinos, sino también en los extranjeros que visitan Santiago.
MasterCard trae en forma simultánea a Chile, Perú y Argentina un Programa de Beneficios que ha sido un éxito en Brasil. Se trata de una Plataforma web donde los clientes compran un producto y se llevan el segundo gratis desde paquetes de viajes hasta paquetes de minutos de celulares. Para participar los clientes se registran junto a sus tarjetas y automáticamente acumulan puntos por cada transacción.
Por último, vale la pena destacar que para MasterCard es sumamente importante todo lo que tiene que ver con la inclusión financiera, así como también la educación del cliente, y el uso responsable de las tarjetas tanto de crédito como de débito. En este sentido, la compañía cuenta con el programa "Consumo Inteligente" en el cual se continuará trabajando durante el año que comienza. A través de este programa enseñamos a los tarjetahabientes a ser financieramente responsables, a la vez que buscamos transmitir el concepto de que las tarjetas son un medio de pago y no una forma de endeudamiento, y esto como base de nuestra misión que es combatir el efectivo.