Nos últimos anos, o mercado colombiano mostrou uma grande dinâmica no tocante a pagamentos eletrônicos. As franquias estão trabalhando ativamente para fortalecer a sua posição, e inclusive uma delas abriu um escritório no país para ter presença direta, e outras manifestaram interesse em fazer o mesmo ou estabelecer alianças com entidades financeiras. Da mesma forma, as empresas que estão direta ou indiretamente envolvidas no negócio do crédito procuram a forma de implementar as suas próprias soluções de meios de pagamento.
"O mercado está se movimentando muito ativamente, acompanhando o crescimento significativo no número de transações e as oportunidades que surgem nesse sentido", afirma à PaymentMedia Valentín Echeverry, VP de Tecnologia e Operações da RBM.
Qual é a atitude dos compradores diante dos pagamentos com cartões?
Neste ponto é preciso levar em consideração um elemento muito importante: as taxas de interesse. Elas tem crescido paulatinamente, e isso faz com que os compradores procurem um meio de pagamento alternativo ou facilidades diferentes de crédito para reduzir os custos pessoais. De qualquer forma, o uso do crédito para consumo continuou crescendo bastante, e hoje a percentagem de uso dos meios eletrônicos representa uma de cada dez transações. Isso também indica que ainda resta muito caminho a percorrer.
O que pode dizer a respeito da aceitação dos cartões nas lojas?
Em geral, existe uma boa cobertura em todo o país, principalmente nas cidades grandes e intermédias. Contudo, ainda há muito a fazer nas zonas rurais onde os meios de pagamento eletrônicos ainda não têm presença suficiente. Devemos duplicar os esforços para cobrir todo o mercado.
Os comerciantes estão muito interessados no desenvolvimento de pagamentos eletrônicos, mas é preciso saber que existem assuntos de regulação que no futuro podem influir na rapidez do processo.
Quando se realiza uma compra com dinheiro, não são aplicados os mesmos processos que na compra com cartão, seja débito ou crédito. Ao aceitar um pagamento com cartão, deve-se reportar ao fisco uma série de impostos e realizar retenções no momento de pagar à loja. Isso não necessariamente acontece se o pagamento foi realizado com dinheiro.
Portanto, desde o lugar do comerciante, o fluxo econômico ou o capital de trabalho resultante de uma operação com dinheiro pode ser maior que com cartão.
Qual é o nível de bancarização da população colombiana?
Os números oficiais mostram que a bancarização é superior a 60%, mas é preciso lembrar que há uma porção de usuários que possuem mais de um produto financeiro, o que indica que a brecha é ainda maior.
Por isso, as instituições financeiras estão trabalhando para atingir toda a população objetivo, com foco principalmente na base da pirâmide, onde há mais trabalho a fazer. Nesse sentido, as instituições estão oferecendo um grande número de novas oportunidades, não apenas através de cartões de crédito tradicionais, mas com outros instrumentos que o próprio governo propôs para poder atender a população não bancarizada.
Fomenta-se o uso do cartão de débito como meio de pagamento no POS?
Houve um crescimento contínuo nos últimos cinco anos. Em termos gerais, estamos ganhando um ponto percentual por ano em transações no ponto de venda com relação ao dinheiro vivo. Os avanços são importantes; porém, há um longo caminho a percorrer.
Qual é a posição dos cartões de varejo no mercado colombiano?
As grandes cadeias comerciais na Colômbia têm os seus próprios cartões. Os maiores supermercados do país têm alianças com alguma entidade financeira ou diretamente possuem os seus próprios instrumentos de pagamento plásticos; eles são aceitos não apenas na rede de lojas próprias, mas também em lojas aliadas. Esse fenômeno acontece há mais de uma década.
Como foi o processo de migração para cartões EMV na Colômbia?
Desde 2008, as normativas da Superintendência Financeira exigem às entidades a adoção de sistemas fortes de autenticação, e também se devem providenciar as mesmas aos clientes. Um dos sistemas de autenticação aceitados pelo governo são os chips EMV nos cartões.
No fim de dezembro de 2012, 58% das transações da RBM já se estavam realizando com cartões chip de débito e crédito, e esse volume deverá crescer ainda mais, porque recentemente a Superintendência Financeira expediu uma normativa adicional que determina que os novos produtos de débito e crédito devem ser emitidos com tecnologia chip a partir de abril.
Essa migração favoreceu o desenvolvimento dos pagamentos sem contato?
Definitivamente. De fato, em outubro de 2012 a RBM lançou oficialmente na Colômbia a tecnologia PayPass em aliança com a MasterCard e com o maior banco do país. Hoje em dia já existe uma quantidade interessante de cartões desse tipo no mercado, e é possível dizer que em breve alcançaremos os 10.000 terminais instalados nas principais cidades que permitem realizar transações com cartões chip.
Qual foi a reação dos compradores e das lojas com respeito a esses cartões?
Por enquanto, a tecnologia ainda está em fase de introdução, e os clientes estão apenas adotando essa nova forma de pagamento. De qualquer forma, já podemos dizer que a aceitação tem sido muito boa, tanto por parte das lojas como dos clientes.
A RBM e os outros participantes da emissão de cartões com essa tecnologia tiveram diferentes motivações para entrar no projeto.
Em primeiro lugar, o fato de oferecem às pessoas uma forma mais rápida de pagar. Através do PayPass esse processo de pagamento se torna mais simples e vários segundos mais rápido.
Em segundo lugar, trata-se de uma tendência nova da indústria que no futuro nos permitirá adotar o uso massivo do celular como meio de pagamento, não através da rede do telefone, mas através da tecnologia sem contato NFC.
Por último, acreditamos que é uma forma eficaz de conseguir que as transações de baixas quantias sejam realizadas com um instrumento eletrônico de pagamentos.
Que expectativas existem em torno a esses cartões?
Como adquirente, a RBM espera que como mínimo 40% dos nossos terminais POS aceitem transações com essa tecnologia nos próximos doze meses. Ao mesmo tempo, existem estratégias particulares dos bancos, que adotaram essa tecnologia para começar a levar o serviço aos seus clientes.
Que podemos esperar do mercado de meios de pagamento em 2013?
Além do desenvolvimento da tecnologia contactless e dos cartões de marca privada ou retail, é possível ver na Colômbia uma tendência muito forte em relação às transações móveis. Vale a pena mencionar que só em janeiro a RBM processou 5,6 milhões de transações móveis, dentre elas consultas de saldo, transferências, pagamentos em lojas, pagamentos de contas, recargas de celular e outras operações.
Da mesma forma, entraram no mercado produtos que desmaterializam a oferta tradicional dos cartões de débito ou crédito, utilizando o celular. Assim, o único elemento que o cliente tem para administrar as suas contas é um celular, ou seja, não há necessidade de emitir cartões nem documentos. Desse jeito, tudo é realizado pelo telefone, tirando vantagem da capilaridade da rede celular e de sua cobertura nacional. Existem vários casos muito bem-sucedidos na Colômbia, com milhões de usuários registrados e com uma conta eletrônica iniciada no sistema bancário. Cremos que esta será uma das tendências que veremos nos próximos meses.
Durante los últimos años, el mercado colombiano ha mostrado una importante dinámica en lo que a pagos electrónicos refiere. Las franquicias se encuentran trabajando activamente en fortalecer su posición, al punto que una de estas ha abierto una oficina en el país para tener presencia directa, y otras han manifestado interés en seguir este camino o establecer alianzas con entidades financieras. De la misma forma, las empresas que directa o indirectamente están involucradas en el negocio del crédito buscan la manera de implementar sus propias soluciones de medios de pago.
"El mercado se está moviendo muy activamente acompañando el crecimiento del volumen de transacciones, el cual es muy significativo, y las oportunidades que surgen en relación con esto", señala a PaymentMedia Valentín Echeverry quien, como vicepresidente de Tecnología y Operaciones de RBM, es una de las personas más calificadas para hablar sobre los medios de pago electrónicos en el mercado colombiano.
¿Cuál es la actitud de los compradores frente a los pagos con tarjetas?
En torno a esto se debe tener en consideración algo muy importante: las tasas de interés. Estas han venido creciendo paulatinamente, lo que lleva a los compradores a buscar un medio de pago alternativo o facilidades de crédito diferentes, reduciendo sus costos personales. De todas formas, el uso del crédito al consumo ha continuado creciendo de forma importante, y hoy en día el porcentaje de uso de los medios electrónicos se puede traducir en que una de cada diez transacciones se hace a través de un medio electrónico, de lo que también se desprende que el camino por recorrer es grande.
¿Qué puede decir respecto a la aceptación de tarjetas en comercios?
En general, a lo largo y ancho del país, sobre todo en las grandes ciudades y ciudades intermedias, existe una cobertura importante, mientras en zonas rurales aún queda trabajo por hacer ya que los pagos electrónicos todavía no han llegado de la forma que se pretende. Se deben redoblar esfuerzos para llegar a cubrir todo el mercado.
Los comerciantes están muy interesados en que se desarrollen los pagos electrónicos, pero se debe considerar que existen temas de regulación que en determinado momento pueden influir en que el avance sea tan rápido como queremos.
Cuando se realiza una compra con efectivo, no se llevan adelante los mismos procesos que si se utiliza una tarjeta, ya sea de débito o crédito. Al aceptar un pago a través de un plástico se debe reportar al Fisco una serie de impuestos y realizar retenciones de los mismos en el momento de pagar al comercio. Esto no necesariamente ocurre si el pago fue realizado con dinero en efectivo.
En consecuencia, del lado del comerciante, el flujo de caja o el capital de trabajo que este tiene al efectuar una operación en efectivo, puede llegar a ser mayor que cuando se llevan adelante operaciones con tarjeta.
¿Queda mucho por hacer en torno a la bancarización de la población colombiana?
Las cifras oficiales muestran que la bancarización está por encima del 60% pero se debe considerar que existe un volumen de personas que tienen más de un producto financiero en la mano, lo cual haría que la brecha fuera aún más grande.
Por esto las instituciones financieras están trabajando para cubrir a toda la población objetivo, enfocándose principalmente en la base de la pirámide, donde queda más trabajo por hacer. En este sentido, las instituciones están ofreciendo un gran número de nuevas oportunidades, no solamente a través de tarjetas o crédito tradicionales, sino a través de otros instrumentos que el mismo gobierno ha puesto sobre la mesa para que se pueda atender a esta población que aún no está bancarizada.
¿Se ha fomentado el uso de la tarjeta de débito como medio de pago en el POS?
Se ha visto un crecimiento sostenido en los últimos cinco años. En términos macro, anualmente estamos ganando alrededor de un punto porcentual en transacciones en el punto de venta con relación al efectivo. Pese a que se están registrando importantes avances, el espacio que aún queda para crecer continúa siendo enorme.
¿Qué lugar ocupan en el mercado colombiano las tarjetas retail?
Las grandes cadenas comerciales en Colombia tienen sus propias tarjetas. Las cadenas de supermercados más grandes del país tienen en alianza con una entidad financiera o de manera directa sus propios instrumentos de pago con plásticos; estos son aceptados no solamente en la red de tiendas propias sino en comercios aliados, y este comportamiento se ve desde hace más de una década.
¿Cómo se ha llevado adelante la migración a tarjetas con chip EMV de las tarjetas colombianas?
Desde el año 2008 existen normativas de la Superintendencia Financiera que exigen a las entidades la adopción de sistemas de autenticación fuerte y la oferta de estos a sus clientes; y unos de los sistemas de autenticación aceptados por el gobierno son los chips EMV en las tarjetas.
Al corte de diciembre de 2012, el 58% de las transacciones de RBM ya se estaban realizando con tarjetas con chip, tanto de débito como de crédito y el volumen debe crecer aun más porque recientemente la Superintendencia Financiera expidió una normativa adicional, que hace obligatorio que los nuevos productos de débito y crédito sean emitidos, a partir del mes de abril, utilizando tecnología chip.
¿Esta migración ha alentado el desarrollo de los pagos sin contacto?
Definitivamente. De hecho, en octubre de 2012 RBM lanzó oficialmente en Colombia la tecnología PayPass en alianza con MasterCard y el mayor banco del país. Hoy en día ya existe un volumen interesante de tarjetas de este tipo en el mercado, y por nuestra parte podemos decir que muy pronto estaremos alcanzando los 10.000 terminales instalados en las principales ciudades que permiten realizar transacciones a través de tarjetas con esta tecnología.
¿Cuál ha sido la reacción tanto de los compradores como de los comercios frente a estas tarjetas?
Por el momento la tecnología se encuentra en fase de introducción, por lo que los clientes recién están adoptando esta nueva forma de pago. De todas formas ya podemos decir que hemos visto muy buena aceptación tanto de los comercios como de los clientes.
RBM y los demás participantes involucrados en la emisión de tarjetas con esta tecnología tuvieron diferentes motivaciones para embarcase en este proyecto.
En primer lugar, ofrecer a las personas una forma más rápida para realizar pagos. A través de PayPass el proceso de pago se simplifica y se acorta varios segundos.
En segundo lugar se trata de una tendencia nueva de industria que más adelante nos permitirá hacer tránsito hacia el uso masivo del teléfono celular como medio de pago, no a través de la red de telefonía celular sino a través de la tecnología sin contacto NFC.
Por último, creemos que es una manera eficaz de lograr que las transacciones de bajo monto se realicen a través de un instrumento electrónico de pagos.
¿Cuáles son las expectativas en torno a estas tarjetas?
Como adquirente, de parte de RBM esperamos que por lo menos el 40% de nuestros terminales POS permitan la aceptación de transacciones a través de esta tecnología en los próximos doce meses. A la vez existen estrategias particulares de los bancos que han adoptado esta tecnología para empezar a trasladar este servicio a sus clientes.
¿Qué podemos esperar del mercado colombiano de medios de pago durante 2013?
Aparte del desarrollo de la tecnología contactless, así como de las tarjetas de marca privada o retail, en Colombia se ve una tendencia muy marcada hacia el uso y desarrollo de transacciones a través de dispositivos móviles. En relación con esto vale la pena mencionar que solamente durante el mes de enero, RBM llegó a procesar 5,6 millones de transacciones a través de móviles, incluyendo operaciones como consulta de saldo y transferencia de fondos, así como también pagos en comercios, pagos de facturas, recarga de tiempo aire y otras operaciones.
De la misma manera se han introducido al mercado productos que desmaterializan la oferta tradicional de las tarjetas débito o crédito mediante el uso exclusivo de teléfonos celulares, de modo que el único elemento que tiene el cliente para manejar sus cuentas es un teléfono móvil, es decir que no se emiten plásticos, resúmenes de cuenta ni documentos. De este modo, todo se realiza a través del teléfono, aprovechando la capilaridad de la red celular y el hecho de que esta tecnología cubre todo el territorio nacional. Hay varios casos muy exitosos aquí en Colombia en donde contamos por millones el número de usuarios que están registrados y con una cuenta electrónica abierta en el sistema bancario. Pensamos que esta será una de las tendencias que veremos durante los próximos meses.