Ao ser o principal player do mercado equatoriano no processamento de transações financeiras, nos meios eletrônicos para cobranças e pagamentos e no intercâmbio eletrônico de informação, falar na Banred significa falar sobre a situação do ecossistema de meios de pagamento no Equador.
Para a empresa, a consequência de ter nascido da fusão de três grandes redes de caixas automáticos do país foi ter se tornado a maior rede bancária, e, portanto, manter uma estreita relação com as instituições que conformam o sistema financeiro local. É por esse motivo que a Banred apostou, em 2017, na expansão da sua rede de caixas automáticos, que hoje são 5.000, e no trabalho focalizado nas tecnologias e acordos interbancários.
Sobre esses e outros objetivos foi que Pablo Narváez, gerente geral da Banred, falou com a PaymentMedia. “O processo de crescimento da Banred em termos de capacidade instalada, número de clientes e serviços que foram implementados se manteve, e a empresa foi se posicionando como o maior processador transacional do sistema financeiro”, começou o executivo. “Foi um bom ano, temos avançado. Temos cada vez mais transações, mais clientes, mais instituições que se afiliam à rede”.
Perguntado sobre essas novidades, Narváez destacou projetos como a implementação de uma plataforma multicanal para processos de cobrança, na qual a Banred atua como switch entre as entidades públicas e privadas e as entidades do sistema financeiro, para que os clientes possam realizar pagamentos de serviços públicos e privados.
Rede interbancária: uma prioridade
Por outro lado, Narváez afirmou que, além desses avanços, os esforços da empresa estão sendo direcionados na geração de tecnologias e sistemas que fomentem a criação de uma rede interbancária, que estaria também integrada pelos correspondentes não-bancários. Essa é, atualmente, a prioridade número um da Banred em termos de inovação.
“No momento, vários bancos do país têm redes de correspondentes não-bancários, e a ideia da Banred é integrá-las a uma grande rede interbancária que permita, graças à capilaridade possível pela internet, a criação de um grande ecossistema em que o usuário tenha à disposição não somente os correspondentes do seu banco, mas também os de outras instituições”, exemplificou Narváez.
Segundo o executivo, esse projeto em crescimento também se baseia na demanda dos clientes do sistema financeiro, que já vão se familiarizando com os meios eletrônicos de pagamento. Mas também responde ao fato de não ter sido alcançada uma integração para sistemas interbancários de pagamentos para o cliente. “Na Banred temos um sistema de transferências interbancárias que os clientes usam, mas, além desse sistema, não tem sido possível desenvolver outras tecnologias”, salienta o gerente geral de Banred.
“O sistema financeiro tem acompanhado os desenvolvimentos da região, e o sistema bancário móvel também vem se desenvolvendo aqui. Porém, nossas expectativas são maiores na pretensão do desenvolvimento de um sistema interbancário”, insistiu Narváez. “O público, por sua vez, demanda pagamentos online em tempo real. E esse é um assunto estratégico para a Banred, porque estruturas como as da Banred possibilitam e facilitam esses esquemas de trabalho. É nisso, então, que temos nos focalizado; em procurar oportunidades, as quais vêm se concretizando”, acrescentou.
Outra das demandas à que responde esse projeto de rede interbancária é o acordo alcançado entre as instituições financeiras locais para desenvolver e promover ainda mais o uso dos meios eletrônicos de pagamento com o objetivo de reduzir o uso do dinheiro – uma meta que, no Equador, tem altíssima prioridade em vistas dos custos implicados em ser um país dolarizado.
“Nossa moeda é o dólar americano, e há um custo sustentado pelo governo e pelos bancos pela reposição do dinheiro. Todas as notas velhas que vão se deteriorando com o uso têm de ser enviadas para o Banco da Reserva do Estados Unidos para serem restituídas por notas novas. Esse é um processo caro, implica a questão operacional de coesão das notas, classificações, empacotamento, envio para o exterior, seguros, transporte para trazer as notas novas e sua redistribuição. Então, não contamos com muitos meios próprios e dependemos dos dólares americanos”, detalha Narváez.
O sistema bancário e o Estado equatoriano se propuseram reduzir o custo de ser um país dolarizado através da diminuição do uso do dinheiro, e isso é mediante o incentivo de uso dos meios eletrônicos de pagamento. Com esse objetivo, a Banred tem trabalhado em outro lançamento. O executivo anunciou: “Estamos desenvolvendo uma carteira móvel, que nomeamos BIMO (a abreviatura de ‘carteira móvel’ em espanhol), e é um produto e serviço que iniciará suas funções no início do ano próximo”.
BIMO é um meio de pagamento que permite transferir dinheiro pelo celular de uma conta para outra de um cliente de outra instituição. Esse sistema de pagamentos interbancários está desenhado para apoiar os objetivos do governo e do sistema financeiro nacional.
Quanto ao funcionamento da tecnologia celular na BIMO, Narváez explicou: “O número de celular do cliente tem um codinome de uma conta em uma instituição. Então, o dinheiro celular está associado, nessa plataforma da Banred, a um banco e a uma conta. Os pagamentos que forem feitos nessa plataforma, por sua vez, replicam-se como débitos de créditos nas contas associadas a esses celulares. É realmente um sistema de pagamentos interbancários, um sistema de transferências interbancárias de baixo valor, orientado, precisamente, para concorrer com o dinheiro”.
Além disso, a BIMO permitirá o pagamento de serviços como o táxi e fazer compras em lojas. E, nas redes de PDV existentes, poderá ser utilizada como meio de pagamento, para que o processamento de pagamentos possa acontecer nessas mesmas redes. “São pagamentos sem cartão, baseados em um token que seria gerado nesse dispositivo ou celular. Portanto, é evidente que essas iniciativas têm apoio, mas o principal é o compromisso de aumentar a quantidade desses meios interbancários de pagamento. É dessa importância que a Banred tira proveito”.
Narváez destacou: “Nosso meio, nosso ambiente de trabalho é tudo que for interbancário, porque praticamente todo o sistema financeiro está conectado à Banred. Os investimentos são em infraestrutura e aplicativos de serviço que as instituições do sistema financeiro vão fechando entre si”. Quanto às novas tecnologias, a Banred também está trabalhando em questões referentes ao blockchain e espera, para fim desse ano, terminar de definir um projeto piloto de aplicativo do blockchain com um grupo de instituições financeiras.
“Fazemos parte das tendências da região e do mundo, aproveitamos a tecnologia, principalmente a tecnologia celular, para as funções dos caixas com serviços bancários. Quanto ao celular em si, trabalhamos também em aplicativos tecnológicos, de biometria”, explicou Narváez.
Por outro lado, afirmou que a prioridade, na hora de investir em tecnologia, é a experiência do usuário, uma área em que os bancos não mais concorrem com outros bancos, mas com empresas de e-commerce como a Amazon. “A Amazon ganha por conta da experiência do usuário. O sistema financeiro precisa aproveitar as tecnologias para melhorar sua relação com o cliente. E a Banred, como fornecedor de serviços de tecnologia, está se alinhando e procurando oportunidades, e também oferecendo alternativas aos clientes do sistema financeiro”.
A rede de caixas automáticos continua sua expansão
Quanto à demanda de caixas automáticos perante a forte promoção dos meios eletrônicos de pagamento, Narváez garante que a rede de ATMs da Banred continua seu crescimento constante no Equador. “A quantidade de caixas automáticos vem crescendo permanentemente. Em dezembro, por sinal, alcançamos os cinco mil caixas em funcionamento”, salientou o executivo.
“Houve, por um lado, um crescente aumento no número de caixas, e também houve renovação na tecnologia e funcionalidade dos caixas. Muitos dos caixas tinham as funções de depositários e recicladores. Mas os bancos estão tirando muito proveito dos ATMs, o canal de caixas, para descentralizar transações dos seus guichês”.
Nesse sentido, Narváez destacou a importância da rede de caixas na hora de reduzir os custos operacionais dos bancos. “O caixa tem muitas funções de pagamento de serviços, depósitos em dinheiro e em cheque, e também oferece a possibilidade de reciclar o dinheiro recebido em depósitos. Está ajudando os bancos em questões de custos operacionais. E também estamos processando transações de uma das maiores redes de correspondentes não-bancários, que conta com cerca de dez mil correspondentes não-bancários”, finalizou Narváez.
Como el principal player del mercado ecuatoriano en lo que refiere al procesamiento de transacciones financieras, medios electrónicos para cobros y pagos e intercambio electrónico de información, hablar de Banred significa hablar de la situación del ecosistema de medios de pago en Ecuador.
Como consecuencia de haber nacido tras la fusión de tres grandes redes de cajeros del país, la compañía se convirtió en la red bancaria más grande, y por lo tanto, mantiene una fuerte relación con las instituciones que conforman el sistema financiero local. Es por este motivo que Banred ha apostado en 2017 a expandir su red de cajeros automáticos, que a la fecha son 5.000, y a trabajar fuertemente en tecnologías y acuerdos interbancarios.
Sobre estos y otros objetivos habló con PaymentMedia Pablo Narváez, gerente general de Banred. "Banred ha mantenido su proceso de crecimiento en cuanto a capacidad instalada, número de clientes, servicios que se han venido implementando y se ha ido posicionando como el más grande procesador transaccional del sistema financiero", comenzó el ejecutivo. "Ha sido un buen año, hemos avanzado, cada vez usamos más transacciones, más clientes, más instituciones que se afilian a la red".
Consultado sobre estas novedades, Narváez destacó proyectos como la implementación de una plataforma multicanal para procesos de recaudaciones, en la que Banred actúa como un switch entre las entidades públicas y privadas y las entidades del sistema financiero, para que los clientes puedan hacer pagos de servicios públicos y privados.
Red interbancaria: una prioridad
Por otro lado, Narváez aseguró que además de estos avances, los esfuerzos de la compañía se están centrando en generar tecnologías y sistemas que fomenten la creación de una red interbancaria, que estaría integrada también por los corresponsales no bancarios. Esta es actualmente la principal prioridad de Banred en términos de innovación.
"Al momento varios bancos del país tienen redes de corresponsales no bancarios y la idea de Banred es integrarlas en una gran red interbancaria que permita que, en la capilaridad que tiene la web, se cree un gran ecosistema en donde el usuario tenga disposición no solamente de los corresponsales de su banco, sino que también pueda usar los corresponsales de otras instituciones", explicó el ejecutivo. "Más o menos lo que pasa con la red de cajeros, donde prácticamente los cinco mil cajeros que ahora operan en Banred están a disposición de todas las instituciones", ejemplificó Narváez.
Según el ejecutivo, este proyecto en crecimiento se basa también en la demanda de los clientes del sistema financiero, que ya se van familiarizando con los medios electrónicos de pago; pero además responde al hecho de que desde el punto de vista del propio cliente, no se ha logrado una integración para sistemas interbancarios de pagos. "Tenemos en Banred un sistema de transferencias interbancarias, que lo vienen usando, pero aparte de este sistema, no se han logrado desarrollar otras tecnologías", destaca el gerente general de Banred.
"Si bien el sistema financiero ha venido a la par de los desarrollos que se vienen dando en la región, aquí la banca móvil también se ha venido desarrollando, pero nuestras expectativas han sido mayores en el sentido de que se desarrolle un sistema interbancario", insistió Narváez. "A la vez el público demanda pagos en línea en tiempo real. Y esto es un tema estratégico para Banred, porque estructuras como las de Banred posibilitan y facilitan estos esquemas de trabajo. Entonces, en eso hemos estado enfocados, en buscar oportunidades, y se han ido concretando", agregó.
Otro de los motivos a los que responde este proyecto de red interbancaria es al acuerdo que se ha logrado entre las instituciones financieras locales para desarrollar y fomentar aún más el uso de los medios electrónicos de pago, con el fin de reducir el uso de efectivo, un objetivo que en Ecuador es de suma prioridad, por los costos que le implica ser un país dolarizado.
"Nuestra moneda es el dólar americano, y hay un costo que el gobierno y los bancos sostienen por reposición del efectivo. Todos los billetes viejos que se van deteriorando con el uso tienen que ser enviados al Banco de la Reserva de Estados Unidos para que sean restituidos por billetes nuevos. Y este es un proceso caro, implica el tema operativo de cohesión de los billetes, clasificaciones, empacar, remesar al exterior, seguros, transporte para traer los billetes nuevos y volver a distribuirlos. Entonces no tenemos muchos medios propios, dependemos de los dólares americanos", detalla Narváez.
La banca y el Estado ecuatoriano se han propuesto reducir el costo de ser un país dolarizado mediante la disminución del uso del efectivo, a través del incentivo del uso de los medios de pago electrónicos. Y con este fin, Banred estuvo trabajando en otro lanzamiento. El ejecutivo anunció: "Estamos desarrollando una billetera móvil que hemos llamado BIMO, la abreviación de billetera móvil, es un producto y servicio que iniciará sus funciones a inicios del próximo año".
BIMO es un medio de pago que permite transferir dinero desde el celular, de una cuenta a otra cuenta de un cliente en otra institución. Este sistema de pagos interbancarios está diseñado para apoyar los objetivos del gobierno y del sistema financiero nacional.
Con respecto al funcionamiento de la tecnología celular en BIMO, Narváez explicó: "El número celular del cliente tiene un alias de una cuenta en una institución. Entonces, el dinero celular está asociado en esta plataforma de Banred a un banco y a una cuenta. Los pagos que se hacen en esta plataforma, a su vez se replican como débitos de créditos en las cuentas asociadas a estos teléfonos celulares, es realmente un sistema de pagos interbancarios, un sistema de transferencias interbancarias de bajo valor, justamente orientado a competir con el efectivo".
Además, BIMO permitirá pagar servicios como el taxi, compras en las tiendas, y en las redes de pos que ya existen se podrá utilizar como medio de pago para poder procesar pagos dentro de esas mismas redes: "Son pagos sin tarjeta, basados en un token que se generaría en este dispositivo o celular. Entonces, sí tienen el apoyo estas iniciativas, pero principalmente lo que hay es el compromiso de incrementar estos medios de pago interbancarios, esta es la importancia que como Banred aprovechamos".
Narváez remarcó: "Nuestro medio, nuestro ambiente de trabajo es todo lo que sea interbancario, porque prácticamente todo el sistema financiero está conectado a Banred. Entonces las inversiones están hechas de infraestructura y estas son aplicaciones de servicio que se van acordando dentro del sistema financiero". En cuanto a nuevas tecnologías, Banred también está trabajando en temas de blockchain y esperan para fin de año terminar de definir un proyecto piloto de aplicación de blockchain con un grupo de instituciones financieras.
"Estamos en las tendencias de la región y del mundo, aprovechamos la tecnología, principalmente tecnología celular, para las funciones del cajero con servicios bancarios. En el celular en sí mismo también trabajamos en aplicaciones tecnológicas, de biometría", destacó Narváez.
Por otro lado, sostuvo que otra prioridad a la hora de invertir en tecnología es la experiencia de usuario, un área en la que los bancos ya no compiten con otros bancos, sino con empresas de e-commerce como Amazon: "Amazon gana por experiencia del usuario, entonces el sistema financiero tiene que ir aprovechando las tecnologías para mejorar la relación con el cliente. Y Banred, como un proveedor de servicios de tecnología, está alineándose, buscando oportunidades y también planteando alternativas a los clientes del sistema financiero".
La red de cajeros automáticos continúa su expansión
Consultado acerca de la demanda de cajeros automáticos ante la fuerte promoción de los medios de pago electrónicos, Narváez aseguró que la red de ATMs de Banred sigue creciendo permanentemente en Ecuador. "El número de cajeros automáticos ha venido creciendo permanentemente. Justamente en diciembre completamos los cinco mil cajeros operando", destacó el ejecutivo.
"Ha habido, por un lado, un creciente aumento en el número de cajeros, y también renovación en cuanto a tecnología y funcionalidad de los cajeros. Muchos de los cajeros tenían funciones de depositarios y de recicladores. Pero los bancos le están sacando mucho provecho al ATM, el canal de cajeros, para descentralizar transacciones de sus ventanillas".
En este sentido, Narváez destacó la importancia de la red de cajeros a la hora de reducir los costos operativos de los bancos. "El cajero trae muchas funciones de pago de servicios, depósitos en efectivo y en cheques, y también ofrece la posibilidad de que el mismo cajero recicle el efectivo que recibe en depósitos. Está ayudando a los bancos en temas de costos operativos. Y también estamos procesando transacciones de una de las más grandes redes de corresponsales no bancarios, alrededor de diez mil corresponsales no bancarios", finalizó Narváez.